Criatividade, Transhumanismo e a metáfora Co-criador Criado

Autores/as

  • Eduardo Rodrigues da Cruz Autor/a

Palabras clave:

Criatividade, Transhumanismo, Infância, Co-criador Criado, Aprimoramento, AI, Procriação

Resumen

O objetivo do Transhumanismo é mudar a condição humana através do aprimoramento radical de seus traços positivos e através da AI (inteligência Artificial). Entre esses traços os transhumanistas destacam a criatividade. Descrevemos aqui primeiro a criatividade humana em níveis mais fundamentais do que os relacionados às artes e às ciências quando, p.ex., a infância é levada em consideração. Admitimos então que a criatividade é experimentada tanto em seu lado brilhante como no obscuro. Em um segundo momento descrevemos tentativas de aprimorar a criatividade tanto em nível corporal como na emulação do comportamento humano na AI. Esses desenvolvimentos são apresentados tanto como resultados efetivos em laboratórios como propostas transhumanistas que partem deles. Terceiro, introduzimos o trabalho de alguns teólogos e eticistas, que estudam tais propostas através das lentes da metáfora “co-criador criado”. Finalmente, analisamos estes desenvolvimentos através de uma reflexão sobre a natureza da criatividade. Identificamos três problemas nas ideias correntes sobre o aprimoramento: primeiro, elas estão atados a padrões ocidentais de criatividade; Segundo, o tempo e o modo da evolução (que envolvem uma infância estendida) não são levados em consideração; terceiro, o aprimoramento da criatividade desenvolve tanto seu lado saudável como o perverso. Proponentes da metáfora co-criador criado também têm dificuldades com os problemas apontados. No que tange à AI, há uma promissora perspectiva de se aproximar da criatividade humana, mas há alguns limites intrínsecos: As emoções humanas são ambíguas, contraditórias e longe do controle racional; a criatividade humana é iconoclasta, assim destacando a importância da juventude e de novas gerações; dos seres AI não se espera que apresentem o lado perverso da criatividade. Nossas conclusões são: primeiro, a procriação e as novas gerações são essenciais à criatividade humana; da mesma forma, o trigo não cresce sem o joio; e por fim, que o nascimento rompe com conexões causais e nos permite a agir perdoando—no nascimento, o ato criativo de Deus é reencenado.

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Publicado

2017-07-01

Número

Sección

Artículos